Município de Torres Novas: Aqui tão perto…

Viagem aos Sabores Tradicionais de Portugal
Próximo Destino: Município de Torres Novas
12 de Novembro de 2024
Siga as nossas dicas e planeie os seus passeios pelo país! Saia com água na boca e volte saciado com a riqueza da Gastronomia Tradicional Portuguesa!
Os melhores produtos tradicionais, a melhor doçaria, as melhores especialidades e receitas. E ainda dicas de visitas e curiosidades locais!
Um guia atualizado de cada município para que possa planear o seu roteiro pessoal para fazer com a família ou com amigos, em qualquer altura do ano… sem restrições!
E Torres Novas aqui tão perto…
Tão perto do Norte tão perto do Sul, eis a “porta do norte” de Lisboa e o “Km 0” para a Europa!
Enquadrada em belezas naturais, rica em património histórico e tão recuada no tempo que nos leva ao “homem de Neandertal” através das grutas do Almonda.
Sim… estamos no centro do país e com as melhores acessibilidades onde todas as autovias convergem para Torres Novas.
Surpreenda-se com a sua visita.
Iremos surpreender pela diferença que sempre defendemos e de que nos orgulhamos: pela nossa história, pela nossa cultura, pelas nossas feiras e eventos, pela nossa gastronomia, pelo nosso panorama cultural e artístico, pelas noites de permanente animação juvenil, e finalmente pela nossa forma de estar e receber.
Entre nesta magia de saborear a vida num espaço ribatejano que será enriquecido com a sua presença.

Torres Novas nasceu a partir de um morro sobranceiro ao rio Almonda, onde se ergue a fortaleza que é símbolo da sua alma. Os meandros do rio, que circunda o coração histórico da antiga vila conferem-lhe um carácter peculiar.
O concelho de Torres Novas agrega dez freguesias e conta com mais de 36 mil habitantes, numa área total de 270 km2.
As condições naturais envolventes, cujos elementos mais marcantes se caracterizam pela coexistência da formação calcária da Serra de Aire e das várzeas do rio Almonda, que se alargam em lezírias na confluência com o Tejo, assim como o clima de feição mediterrânea, permitem a prática de atividades associadas ao desporto e ao turismo de natureza.
O conjunto de monumentos e museus a visitar é prova da riqueza e diversidade do património histórico e cultural torrejano.
Património Histórico e Cultural.
A região revelou-se apelativa desde tempos longínquos, tendo o homem deixado marcas da sua presença desde o paleolítico, testemunhados pelos inúmeros achados arqueológicos que confirmam a existência de indústrias líticas na região.
Os romanos também deixaram as suas marcas no território torrejano, podendo a designação do castelo, que posteriormente originou o nome da cidade, ser um vestígio de uma primitiva construção romana. A passagem dos árabes, que durou séculos, deixou sinais na toponímia e na hidráulica ligada à agricultura. O castelo, conquistado e perdido várias vezes, só em 1190 foi tomado definitivamente por D.Sancho I, que o reconstituiu, concedendo à vila a sua carta de foral, sendo, assim, criado o município.
É, por isso, rico e vasto o património histórico e cultural do concelho, destacando-se as ruínas romanas de Villa Cardílio e o castelo de Torres Novas.

Por ser um importante burgo medieval, D. Afonso Ill, em 1273, criou a feira de Torres Novas, uma das mais antigas do país e, durante séculos, uma das mais importantes do reino. Por três vezes as Cortes do reino realizaram-se na antiga vila, de cuja judiaria saíram eminentes figuras da medicina, da cosmografia ou da literatura.
Durante as invasões francesas o general Massena instalou na vila o seu quartel-general, deixando um rasto de destruição e pilhagens.
A vila voltou a crescer durante a industrialização (desde finais do século XVIII até ao segundo terço do século XIX), tornando-se um pólo económico e industrial agregador de uma vasta região.
Em 1985, Torres Novas foi elevada à categoria de cidade. No início deste século XXI, apresenta-se como uma cidade moderna e rasgada para o futuro, mantendo um importante papel na região em que se insere.
Parte do rico património artístico concelhio está representado no Museu Municipal Carlos Reis (arte sacra, história do concelho e pintura de Carlos Reis na Casa Mogo; e arqueologia no núcleo Cerca da Vila). Destaque ainda para o Museu Agrícola de Riachos, antiga Central do Caldeirão e CHUDE – Centro Humberto Delgado.



Património Natural.
No que se refere ao património natural, realce para três áreas protegidas: o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, a Reserva Natural do Paul do Boquilobo e o Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios. Destaque ainda para as Grutas de Lapas, com galerias abertas ao público, e as Grutas do Almonda.

Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros (PNSAC)
Apenas uma pequena área do território concelhio está incluída neste parque natural. De características peculiares, o PNSAC destaca-se pela riqueza, variedade e abundância de estruturas cársicas, nomeadamente grutas, algares, dolinas e campos de lapiás. A paisagem humana, por sua vez, apresenta também aspetos singulares, particularmente os resultantes da utilização da pedra na arquitetura de pequenas construções (casas de habitação, moinhos, muros).

Reserva Natural do Paul do Boquilobo
Situado a cerca de 7 km da cidade, perto da confluência dos rios Almonda e Tejo, o Paul é uma zona húmida, rica em aves, em particular colónias de garças e anatídeos, e em flora, destacando-se os maciços de salgueiros, plantas aquáticas e caniçais. Este “santuário” natural, classificado como Reserva Natural desde 1980, integra, igualmente, a Rede de Reservas da Biosfera (UNESCO) e a Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional (Convenção de RAMSAR) desde 1981 e 1996, respetivamente.

Monumento Natural das Pegadas dos Dinossauros
A 16 km da cidade, na Serra de Aire, encontra-se a maior extensão de trilhos de pegadas de dinossáurios. A sucessão de estratos rochosos remonta a um passado de há cerca de 170 milhões de anos. Nesta jazida, encontram-se alguns dos melhores exemplos de pistas de saurópodes conhecidas a nível mundial. Esta jazida paleontológica, descoberta a 4 de julho de 1994 no local de uma antiga pedreira, contém um dos mais antigos registos mundiais de pegadas de saurópodes, cujas marcas e impressões deixadas na laje de calcário do Jurássico Médio têm idade superior a 175 milhões de anos.
No “parque jurássico”, com uma área de 60 000 m2, podem observar-se várias centenas de pegadas organizadas em cerca de duas dezenas de pistas. De entre elas, pela sua grande extensão, excelente estado de conservação e espetacularidade, destaca-se uma com 147 metros de comprimento. Os trilhos são constituídos por impressões das extremidades dos membros anteriores e posteriores, refletindo nitidamente a passagem de grandes animais quadrúpedes. A jazida encontra-se classificada como Monumento Natural.

Grutas de Lapas
2 km da cidade, sob as casas e ruas típicas da aldeia de Lapas, concentra-se um labirinto de galerias escavado na rocha. As grutas, que deram o nome à aldeia, são um conjunto de túneis subterrâneos, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1943. O percurso acessível é apenas parte de uma rede mais vasta que percorria quase todo o morro onde assenta a povoação. A geologia do solo – calcário mole conhecido por “tufo” – explica a relativa facilidade com que, em tempos, a mão do homem talhou esta singular preciosidade arqueológica.

Grutas do Almonda
Complexo arqueológico da rede cársica do Almonda, palco de trabalhos arqueológicos de investigação conduzidos por equipas arqueológicas, nomeadamente com a Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia (STEA) e sob a coordenação científica do arqueólogo professor João Zilhão.
A gruta da nascente do Almonda desenvolve-se ao longo de mais de 10 km, constituindo um verdadeiro santuário da espeleologia nacional já que, no seu conjunto, representa a mais extensa rede cársica atualmente conhecida em Portugal. Compõe-se de várias ribeiras subterrâneas que dão origem à nascente do rio Almonda.
No que respeita ao património cultural, destaca-se a existência de várias jazidas arqueológicas, que vão desde o Paleolítico Inferior até à época Romana.
A gruta foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 30 de novembro de 1993.

Rio Almonda
Nasce na povoação com o mesmo nome, na zona do arrife da Serra de Aire. No seu percurso de 30 km atravessa os municípios de Torres Novas e da Golegã e desagua na margem direita do Tejo.
Ladeado de várzeas desde praticamente a sua nascente até à foz, onde aquelas já assumem a feição de pequenas lezírias, o rio Almonda confere à paisagem do concelho um traço singular e foi, no passado, elemento determinante da economia local.

Ribeira da Beselga
Quem circula pela estrada de terra batida que liga as localidades de Fungalvaz a Beselga de Cima encontra um santuário natural no leito da ribeira de que quase nem se apercebe. As águas provenientes da Ribeira da Fórnia em Fungalvaz seguem o seu trajeto normal até entrarem na Ribeira da Beselga meio do percurso entre Fungalvaz e Beselga, a queda de água em várias cascatas altera o normal curso de água numa paisagem de rara beleza. Esta queda de água é originada pelo paredão de pedras que ali existe e que antigamente alimentava um lagar de azeite e alguns moinhos dos quais são ainda visíveis alguns vestígios.
Ribeira da Beselga, freguesia de Assentis, concelho de Torres Novas

VII Festival Gastronómico das Couves com Feijões em 38 restaurantes
O Município de Torres Novas organiza, entre os dias 15 e 24 de novembro, o VII Festival Gastronómico das Couves com Feijões, que decorrerá em 38 restaurantes aderentes.
Este festival visa contribuir para a afirmação e preservação de um dos pratos típicos da gastronomia torrejana e conta com o envolvimento da Confraria das Couves com Feijões de Carvalhal da Aroeira.
Ao longo dos 10 dias da iniciativa, as couves com feijões podem ser degustadas nos estabelecimentos aderentes sob as mais variadas formas e com os mais diversos acompanhamentos.

Feiras e eventos.
Ao longo do ano, realizam-se no território diversos eventos de relevo: a Feira de Época, que visa recriar historicamente acontecimentos ocorridos no concelho; as Festas do Almonda, que assinalam a elevação de Torres Novas a cidade; a Feira Nacional dos Frutos Secos, que pretende dinamizar e dignificar o setor; no âmbito desportivo, o Trail do Almonda, em pleno coração da Serra de Aire, ou a tradicional Corrida de São Silvestre.
De destacar ainda os eventos de promoção do património gastronómico, dedicados ao cabrito, aos sabores e produtos do território e às couves com feijões.


Sabores da memória…
A identidade e a tradição torrejanas evidenciam-se também no âmbito gastronómico, sendo este património entendido como elemento relevante para o turismo de Torres Novas. Com uma gastronomia diversificada, Torres Novas distingue-se por especialidades como o requentado com bacalhau assado ou petinga frita, as migas à Pescador, as enguias do Boquilobo, a fataça grelhada e o cabrito assado no forno com batatas e grelos. O queijo de ovelha, a morcela de arroz, as couves com feijão e a sopa de fressura, integram, igualmente, a oferta gastronómica. Na doçaria tradicional torrejana, merecem destaque o bolo de cabeça, as broas, os pastéis de feijão, o doce de amêndoa e os figuinhos de Torres Novas. A atual oferta gastronómica complementa-se com a conjugação de novos produtos, onde se misturam a tradição e a inovação, nomeia-se o Figo Preto de Torres Novas, destacam-se os frutos secos, os vinhos produzidos no concelho de grande qualidade, os licores artesanais, os figos em calda, as compotas, o mel, as frutas frescas, os azeites e as ervas aromáticas.


No âmbito da promoção gastronómica, o Município organiza, anualmente, o Festival Gastronómico do Cabrito, pretendendo com esta iniciativa, promover a gastronomia local, com vista à preservação dos sabores da memória, da tradição e da qualidade dos produtos locais.